segunda-feira, 30 de março de 2009

Contabilidade


No Brasil, os profissionais de contabilidade são chamados de contadores (bacharéis) ou contabilistas. Aqueles que se formam ou concluem os cursos de nível superior de Ciências Contábeis recebem o diploma de bacharel em Ciências Contábeis. Existe também o título técnicos de contabilidade aos que têm formação de nível secundário / técnico.
Em Portugal o termo "contador" tornou-se arcaico, sendo sempre utilizado o termo contabilista, independentemente do nível académico. Existe no entanto distinção na classificação profissional entre técnicos oficiais de Contas (TOC) e revisores oficiais de Contas (ROC).
Até a primeira metade da década de 70 o profissional do ofício técnico também era conhecido como guarda-livros (correspondente do inglês bookkeeper), mas o termo caiu em desuso.
Em julho de 2006 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apurou no Brasil a existência de 394.629 contabilistas e 64.863 organizações contábeis ativos.

História

Há relatos de que as primeiras manifestações contábeis datam de cerca de 2.000 a.C, com os fenícios. No mercado baseado na troca de mercadorias, a contabilidade servia para definir quanto alguém possuia de tal mercadoria e qual o valor de troca de uma mercadoria em relação a outra.
A Contabilidade iniciou-se empiricamente . Com Leonardo Fibonacci e depois o monge Luca Pacioli, principal divulgador do método das partidas dobradas, encerrou-se a fase empírica e menos organizada da Contabilidade, a partir do século XV. A chamada escola inglesa (Francis Bacon, Locke, Hume) contestou o excesso de especulação científica e concebeu o E´mpírico como um critério determinante do que seria ciência ou não (indução empírica, segundo o sociólogo Pedro Demo). Mas a Contabilidade só foi reconhecida como ciência propriamente dita no início do século XIX. Por longo período sua história se confundiu com a dos registros patrimoniais de organizações mercantis e econômicas e até os dias de hoje é possível se notar alguma confusão entre a Ciência Contábil e a escrituração de fatos patrimoniais.

Fabricação de cerveja no Egito antigo, com escriba registrando o número de garrafas produzidas, à direita
Outra dificuldade que se encontra no estudo da matéria, principalmente no Brasil, é a dos trabalhos científicos sobre Contabilidade não raro sofrerem de um excesso de experimentalismo, o que tem prejudicado o desenvolvimento da matéria em várias áreas. Muitos desses trabalhos foram classificados até o final da década de 60 como de Economia Aziendal um ramo da Economia proposto pelos italianos e outros estudiosos europeus, passando a prática contábil e, particularmente a escrituração, a ser mais conhecida como Contabilidade Aplicada. Apesar da conotação econômica, a Economia Aziendal ressaltava os vínculos contábeis com disciplinas administrativas e matemáticas. Por essa característica foi criticada pois sua estrutura se pareceria com um "Sistema de Ciências". Assim, no Brasil prevalece a abordagem acadêmica da essência econômica, deixando de ser destacada em primeiro nível as relações profundas com outras ciências observadas na Contabilidade Aplicada.

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©2007 '' Por Elke di Barros