No Brasil, os profissionais de contabilidade são chamados de contadores (bacharéis) ou contabilistas. Aqueles que se formam ou concluem os cursos de nível superior de Ciências Contábeis recebem o diploma de bacharel em Ciências Contábeis. Existe também o título técnicos de contabilidade aos que têm formação de nível secundário / técnico.
Em Portugal o termo "contador" tornou-se arcaico, sendo sempre utilizado o termo contabilista, independentemente do nível académico. Existe no entanto distinção na classificação profissional entre técnicos oficiais de Contas (TOC) e revisores oficiais de Contas (ROC).
Até a primeira metade da década de 70 o profissional do ofício técnico também era conhecido como guarda-livros (correspondente do inglês bookkeeper), mas o termo caiu em desuso.
Em julho de 2006 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apurou no Brasil a existência de 394.629 contabilistas e 64.863 organizações contábeis ativos.
História
Há relatos de que as primeiras manifestações contábeis datam de cerca de 2.000 a.C, com os fenícios. No mercado baseado na troca de mercadorias, a contabilidade servia para definir quanto alguém possuia de tal mercadoria e qual o valor de troca de uma mercadoria em relação a outra.
A Contabilidade iniciou-se empiricamente . Com Leonardo
Fibonacci e depois o monge Luca Pacioli, principal divulgador do método das partidas dobradas, encerrou-se a fase empírica e menos organizada da Contabilidade, a partir do século XV. A chamada escola inglesa (Francis Bacon, Locke, Hume) contestou o excesso de especulação científica e concebeu o E´mpírico como um critério determinante do que seria ciência ou não (indução empírica, segundo o sociólogo Pedro Demo). Mas a Contabilidade só foi reconhecida como ciência propriamente dita no início do século XIX. Por longo período sua história se confundiu com a dos registros patrimoniais de organizações mercantis e econômicas e até os dias de hoje é possível se notar alguma confusão entre a Ciência Contábil e a escrituração de fatos patrimoniais.
Fabricação de cerveja no Egito antigo, com escriba registrando o número de garrafas produzidas, à direita
Outra dificuldade que se encontra no estudo da matéria, principalmente no Brasil, é a dos trabalhos científicos sobre Contabilidade não raro sofrerem de um excesso de experimentalismo, o que tem prejudicado o desenvolvimento da matéria em várias áreas. Muitos desses trabalhos foram classificados até o final da década de 60 como de Economia Aziendal um ramo da Economia proposto pelos italianos e outros estudiosos europeus, passando a prática contábil e, particularmente a escrituração, a ser mais conhecida como Contabilidade Aplicada. Apesar da conotação econômica, a Economia Aziendal ressaltava os vínculos contábeis com disciplinas administrativas e matemáticas. Por essa característica foi criticada pois sua estrutura se pareceria com um "Sistema de Ciências". Assim, no Brasil prevalece a abordagem acadêmica da essência econômica, deixando de ser destacada em primeiro nível as relações profundas com outras ciências observadas na Contabilidade Aplicada.